quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Desde a corruptione até à corrupção

(Corrupção, do latim corruptione: suborno; acto ou efeito de corromper; podridão; decomposição; putrefacção; actividade contrária à lei e à moral).
Pois é, já vamos no 9º dia do 12º mês do ano 2009 do calendário cristão, e já se sente no ar o cheiro a natal, mais não seja pelas músicas de Paulo Gonzo ou André Sardet que se ouvem pelas ruas e que me acompanham no meu caminho até casa. Ámen e louvado seja Deus, Yeovah e todos os deuses da mitologia grega, romana ou egípcia por ainda não se terem lembrado de me fazer ir para casa ao som do Tony Carreira.
Haverá então alguma coisa tão fortemente entranhada na nossa troposfera, como este alegre espírtito (?) natalício que me faz lembrar que estou a um mês das férias? Há, e dá pelo nome de corrupção.
Muito provavelmente, nunca tanto se ouviu falar em corrupção como nos tempos de hoje. Mas o que é certo é que este não é um fenómeno exclusivo do presente; é um fenómeno que sempre existiu e sempre continuará a existir, pelo menos enquanto continuar a existir o ser humano.
Mas tão ou mais preocupante que a questão do "tempo" em que ocorre, ocorreu e continuará a ocorrer a corrupção, é o facto de que tanto corrompe, activa ou passivamente, o que tem poucas posses, como aquele que já as tem. Porquê?, pergunto eu. Será que o mundo está corrompido desde a sua existência? Será que nascemos com o espírito corruptor no sangue? Eu acredito, ou pelo menos quero acreditar, que não. Os bons valores existem, e são praticados por alguns.
O problema, a meu ver, tem a sua raiz na acção manipuladora do dinheiro, que parece cegar as pessoas, sedentas de poder, mesmo que isso signifique espezinhar os outros. É óbvio que as pessoas sabem o que fazem quando corrompem, mas parece que ficam sob o efeito de uma qualquer hipnose, que os leva a agir erradamente. Mas mesmo adoptando uma postura racional, dá vontade de praticar a corrupção, tendo em conta as perspectivas que isso oferece: a probabilidade de se ser apanhado é ínfima em relação à probabilidade de "a coisa correr bem" (e que jeito que dá uma piscina em casa ou um carro topo de gama...). E a probabilidade de ser condenado mesmo sendo apanhado continua a ser ínfima, portanto... dá vontade. Com um bocado de sorte a condenação não passa duns míseros trocos em comparação com o que se já ganhou através da corrupção; como é fácil de concluir, através deste jogo de probabilidades que deixaria a minha stora de matemática com vontade de me dar um 20, não há nada a perder, e tudo a ganhar (porreiro, pá...).
Parafraseando Stuart Mill, que defendia que o valor moral das acções residia no seu fim e não nos meios utilizados para lá chegar, podem os corruptores alegar em sua defesa (pelo menos, na sua consciência) que apenas o fizeram para poder proporcionar uma boa vida aos filhos (aquele que os têm...) ou para pagar a operação aos pais, and so on and so on...
Mas gostaria de concluir dizendo que, apesar de tudo o que está anteriormente (d)escrito, "I wanna believe" que continua a haver gente séria, íntegra e honesta... e que para minha tristeza são aqueles que "ficam para trás".
(Se eu podia ir para casa ao som do Tony Carreira? Podia, mas não era a mesma coisa... e ninguém gosta de chegar a casa com os ouvidos corrompidos).

quinta-feira, 30 de abril de 2009

A Mocidade Portuguesa (não, não sou nenhum salazarista)

O 25 de Abril já foi há uns dias, mas não sei porquê hoje é que estou com espírito revolucionário. Sinto que algo grande me espera, a mim e à minha vida. Uma espécie de Obama, mas ao contrário (tipo, primeiro presidente branco em Angola ou Moçambique), manda chuva dos piratas da Somália ou até comer a Soraia Chaves (nem que fosse como personagem principal d'algum Crime do Padre Amaro).
Foi também um daqueles dias em que me olhei ao espelho e perguntei, "espelho meu, espelho meu, quem tem uma trunfa mais lisa e bonita do que eu?". (Refira-se que o espelho não respondeu e, partindo-se do princípio de que quem cala consente... a resposta só pode ser: ninguém).
Pronto, isto tudo só para se perceber que hoje foi um daqueles dias em que andei bué do idealista (efeito dos 17 anos, talvez). E isso comigo às vezes pode dar p'ró torto (felizmente não deu). Andei o dia todo a guardar p'ra mim as minhas ideias sobre o estado lastimável da nossa juventude e, como tal, agora vai-se iniciar a acção de despejo (aconselha-se a não presença de civis num raio de 5 km a partir de minha casa; grato pla atenção).
Cheguei a casa por volta das 6 e apeteceu-me tudo menos enfiar o nariz nos livros. De modo que me fui repastelar no sofá. Peguei no comando e liguei a televisão. RTP1: Portugal em directo (não me apetece). 2: A fé dos homens (seca). SIC: Rebelde way (treta). TVI: Morangos com açúcar, série 3558 (treta elevada à 10ª potência, o que dá um número para lá do infinito). E a que conclusão é que eu chego após visualizar meia hora daquilo (palavra, tive que me conter para não escrever o termo "lixo televisivo"...)? Que para além de em certos aspectos ser um reflexo dos jovens que temos, ainda contribui para a futilidade destes.
Pois, parece que hoje em dia esta mocidade o que importa é o estilo... Mas já vamos ao estilo. Antes do estilo: onde é que estão as caras feias nos Morangos? (e quando digo feias não digo menos bonitas, digo mesmo daquelas: epá és mesmo feia... Quantos miúdos/as cheias de talento não estão a ser postos de lado por pseudo-actores que vêm daqueles contentores de modelos provenientes das agências, que até me faz lembrar os contentores de estrangeiros na Superliga,apenas devido à falta de beleza?). Todas as ascolas as têm (caras feias). Assim, claro que os Morangos são o mundo de sonho para os nossos jovens portugueses do séc.XXI. Sabem qual é o efeito? É que depois a rapaziada quer é ter amigas boas e amigos giraços e cheios de estilo, mesmo que como pessoas deixem algo (bastante) a desejar. A Maria Antonieta até pode ser fixe e muito boa pessoa, mas se não mudar rapidamente de nome, não tiver uma carinha laroca ou um bom par de mamas (ou outros aspectos físicos que a sociedade hoje em dia valoriza), a probabilidade/facilidade de fazer amigos decresce em flecha (ok, um bocado hiperbólica esta afirmação...).
Outra coisa preocupante, na minha opinião, é a tal questão do estilo. É normal um gajo chegar aos 15/16 anos e cuidar melhor da sua aparência. Mas caramba, eu quando tinha 12/13 anos ia pr'á escola a contar os minutos para cque chugasse o intervalo e viessem 15 minutos de futebolada. Hoje em dia, tal é dificíl de se verificar, pois o penteado pode-se estragar, as roupas sujarem-se ou as sapatilhas desgastarem-se. Acho triste a futilidade destes putos: interessa é o "look" e a "pausa". "Eia, meu, aquela gaja não se sabe mesmo vestir! É tão triste!" (gargalhada sonora reproduzida por meia dúzia de fedelhos imberbes e, quiçá, com as hormonas aos saltos). Quero ver é que é que lhes vai sustentar o estilo quando acabar a mama da mamã e do papá... é que a meu ver, isto no futuro pode trazer repercussões negativas (para além do facto de diminuir a probabilidade de aparecer um Figo ou C.Ronaldo...).
Mas quero concluir dizendo que, para meu orgulho, ainda há putos como deve ser, despentados, sujos, e que vão para a sala de aula com um pestilento odor a sovaco. O D.Afonso Henriques está orgulhoso de vocês, meus jovens!

sexta-feira, 20 de março de 2009

Carlsberg Cup, Final: BENFICA-sporting

Sinceramente, como benfiquista, não estou muito confiante para este jogo (é triste ter de admiti-lo...). Mas esse sentimento de falta de confiança só durará até às 19.45 de amanhã, altura em que irei esquecer o pobre futebol praticado p'lo Glorioso nos últimos tempos, a derrota com o Guimarães, o 3º lugar no campeonato ou os 5 pontos de distância para o Porto. Nessa altura, volta a ser o Benfica dos super-craques Aimar, Suazo ou Reyes... O pior é que com o desenrolar do jogo o sentimento de falta de confiança provavelmente irá voltar. Mas a minha obrigação, e de todos os benfiquistas, é que mesmo que o Benfica esteja a levar 7-1, como acontece a outros (não resisti...), aos 90 minutos de jogo, é acreditar que nos descontos metemos 7 golos, com golos de baliza a baliza do Moreira (perdão, amanhã joga o Quim).
O que eu sei é que só uma vitória, e uma grande exibição amanhã me fará recuperar a confiança nesta equipa e no treinador Quique Flores. Juro, ando mais piurso este campeonato que o campeonato do ano passado. Porquê? Porque o ano passado não jogávamos nada, é certo, mas é preciso ver que 2 dos jogadores mais utilizados do plantel davam pelo nome de Luís Filipe e Edcarlos, o que não ajudava nada... Agora este ano, temos Suazo, Aimar, Reyes, damo-nos ao luxo de ter muitas vezes Cardozo, Nuno Gomes ou Di Maria no banco... Mas e jogar à bola? É coisa que já não vejo o Benfica fazer, e desculpem o que vou escrever, desde os tempos de Fernando Santos...
Bem, mas o que é certo é que uma vitória do Benfica precisa-se. Tanto para os lados da Luz, como de Alvalade... Sim, porque uma vitória do Benfica proporcionaria um feito inalcancável ao Sporting: disputa as duas primeiras finais da Carlsberg Cup, mas não consegue vencer nenhuma...
E não há que ter medo do Liedson, que se rasga todo quando joga contra o Benfica. O Liedson só vai marcar golos se o Benfica deixar. O Rochemback só vai roubar bolas a meio campo se o Benfica deixar. O Moutinho só vai jogar à bola se o Benfica deixar. O Patrício só vai defender remates se o Benfica deixar.
E amanhã teremos um reforço importantíssimo: Rúben Amorim. Ou muito me engano ou aquele meio campo só funciona se aí jogarem Rúben Amorim e Katso. E já agora que o Quique se deixasse de invenções, tirasse o Aimarn de pé do ponta de lança e o pusesse a nº10, como playmaker, a vir buscar jogo atrás, a embalar vindo de trás, a organizar jogo, a distribuir, a fazer passes de morte e a fazer jogo para os dois extremos, de maneira que estes possam abrir nas alas e não tenham que vir ao meio, como muitas vezes fazem, podendo assim municiar o ponta de lança. Enão esquecer de criar roturas com as subidas de um dos médios centro, Katsouranis, perigosíssimo nas área adversária, ou Rúben Amorim (estou com uma fezada que ele vai fazer um jogão amanhã, e que marcará o golo da vitória... bem que merce, és dos nossos Rúben!). Custa muito, Quique? Não há mal nenhum em admitir o erro e voltar atrás. Não resulta, volta atrás. É que teimosia em excesso, na minha opinão, acaba por ir dar a estupidez/burrice. Como diria o Stor Batalha, meu stor de Química no 9º ano, "só os burros é que não mudam".
Equipa para dar cabo do Sporting:
Quim; Maxi Pereira, Luisão, Miguel Vítor, David Luiz; Katsouranis, Rúben Amorim; Di Maria, Aimar, Reyes; Cardozo.

sábado, 7 de março de 2009

Biba o magalhaez, um comptador totalmente portuguez...

Pois é, parece que o Magalhães tem um problema no seu software, mais concretamente num programa de jogos didácticos instalado no computador. Acontece que esse programa tem 80 (OITENTA) erros de gramática, de sintaxe e ortográficos: «Neste processador podes escrever o texto que quiseres, gravar-lo e continuar-lo mais tarde», «Dirije o guindaste e copía o modelo», «Quando acabas-te, carrega no botão OK», apenas para deixar alguns exemplos. E o pior de tudo é que este facto nem sequer é o mais chocante da história. Sucede que o problema deriva do facto de o software ter sido traduzido por um emigrante português em França que tem apenas a 4ª classe (lá plo strangeiro inda nã debe daber nobas oportunidadez...). Esperem, agora fiquei mesmo baralhado: o Magalhães não era um computador totalmente português? Presumo que o "totalmente" inclua o software, não? Assim sendo, o que é que há para traduzir? É isto que o Sr. Sócrates entende por inovação tecnológica?
Zezinho (perdão, Engenheiro Sócrates)- Eh pah, os putos têm que saber mexer no computador, mas o raio do avec tramou-me com esta m***a dos erros... e quando souberem que o gajo tem só a 4ª classe?
Lurdinhas (perdão, Maria de Lurdes Rodrigues)- Lá não há novas oportunidades? Tás fod... Zé.
Zezinho (perdão, Engenheiro Sócrates)- Eh pah, uma pessoa quer pôr os putos a mexer no computador mas eles depois não sabem falar nem escrever... Depois vem o Louçã dizer que a culpa é minha.
Lurdinhas (perdão, Maria de Lurdes Rodrigues)- Quanto a isso não te preocupes, Zé, podes sempre dizer que os culpados são os professores que em vez de estarem nas salas de aula a ensinar os alunos andam na rua em manifestações.
Zezinho (perdão, Engenheiro Sócrates)- Eh pah, o que seria de mim sem ti? Porreiro, pah!

P.S. Sr. Engenheiro Sócrates, veja lá se os "Magalhães" que mandou para o amigo Chavez não foram traduzidos por um venezuelano residente em Portugal, com a 4ª classe... É que ele pode nao achar piada e mandar-te à mierda...
P.S.2. O diálogo publicao foi fruto da minha imaginação, espero que os visados, caso o cheguem a ler, não fiquem muito incomodados.

domingo, 1 de março de 2009

a 1ª vez...

... que escrevo neste blog.
E o que é/será/vai ser este blog? boa pergunta...
Vai ser o que me apetecer, vai ser o espaço em que irei soltar o génio (ou não...) que há dentro de mim... Teorias malucas, conversa de café, comentário à jornada de futebol, a um filme que fui ver e nunca me irei esquecer ou simplesmente desabafos... Um blog anárquico, sem regras, e onde, como em todo o lado, o cliente tem sempre razão e , como tal, caso gostem dos meus dotes de blogger, é só deixar um comentário a pedir para comentar determinado assunto que, caso me sinta à vontade, o farei com todo o gosto (é da maneira que não tenho trabalho a pensar no que vou escrever)...
... e tudo isto porquê?
Porque "a vida não é só bola".